É mesmo admirável o nível de aprovação de Lula, 84%, e de seu governo, 72%, segundo a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje. A trajetória de alta aprovação do Presidente levou a oposição a praticamente ficar calada, mesmo com tantas coisas para se debater e melhorar.
Sendo pragmáticos, os possíveis presidenciáveis da oposição também se calaram, pois o risco de criticar o presidente poderia ser muito alto. Com a repentina subida de Dilma nas pesquisas de intenção de voto, logo após sua cirurgia plástica, a pergunta que fica é: qual será o preço do pragmatismo?
Há quem aposte que com o arrefecimento da crise financeira este ano, este nível de aprovação tende a cair. Então, seria a hora para iniciar as pesadas críticas. O meu único receio é que se a oposição seguir esta linha, será cúmplice dos desastres causados pelas políticas adotadas pelo próprio governo. Torna-se cúmplice ao omitir-se. Torna-se cúmplice ao não representar a voz naturalmente discordante de seus partidos políticos, daqueles que os elegeram e de sua – ainda curta – história.
Ademais, a oposição corre dois riscos: 1) o de Lula não perder a sua estratosférica popularidade e 2) a de se não eleger.
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