O bombástico Jarbas Vasconcelos

Já escrevi neste blog sobre o oportunismo do PMDB, a ineficiência da Lulândia e o silêncio desconcertante da oposição. 
Na edição da VEJA que está nas bancas hoje, o senador e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos deu uma entrevista bombástica, atacando com categoria e propriedade todos estes pontos e outros mais.  Ao criticar o atual governo e a ala oportunista do PMDB, Jarbas convoca a oposição para uma briga legítima pela melhoria da classe política e da forma como se faz política no Brasil. Desconstruindo a Lulândia e atribuindo a José Serra o título de melhor opção para Presidente em 2010, Jarbas, mesmo não admitindo, lança seu nome para a Vice-Presidência do – provável – candidato tucano. Ele tem história, calibre e votos para isso. 
Hurricane-Emily
Fonte: Nasa.
Não tenho a intenção de reproduzir sua entrevista, pois vela pena ler na íntegra, mas fiz uma pequena seleção de alguns bons trechos:
Hoje, o PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos.

 


A maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. 

De 1994 para cá, o partido resolveu adotar a estratégia pragmática de usufruir dos governos sem vencer eleição. Daqui a dois anos o PMDB será ocupante do Palácio do Planalto, com José Serra ou com Dilma Rousseff. 

Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com ética.

O mundo passou por uma fase áurea, de bonança, de desenvolvimento, e Lula não conseguiu tirar proveito disso.

Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. 

Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.

A popularidade de Lula não deveria ser motivo para a extinção da oposição.

Não é uma batalha perdida, mas a oposição precisa ser mais efetiva. Há um diagnóstico claro de que o governo é medíocre e está comprometendo nosso futuro. A oposição tem de mostrar isso à população.

Não é só mudar nomes, é mudar práticas. 

Ela (Dilma) é prepotente e autoritária, mas está se moldando. Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma.

Acredito muito em Serra e me empenharei em sua candidatura à Presidência. Se ele ganhar, vou me dedicar a reformas essenciais, principalmente a política, que é a mãe de todas as reformas. Mas não tenho mais projeto político pessoal.
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