O quão confuso pode estar o eleitor brasileiro em relação ao futuro político do país?
O PT apresenta um campanha em termos de marketing político exemplar. O conteúdo a a desenvoltura da candidata parece uma questão secundária para a realidade pós-eleitoral. Ao mesmo tempo, o Presidente da República faz campanha aberta e escancarada para sua própria criação política, Dilma. Claramente, estamos longe da ideologia que marcou a formação do partido, mas perto da tão conclamada “hegemonia” que o partido deveria ter nos próximos 20 anos que José Dirceu defendia quando Lula foi eleito.
O PSDB, seguido pela tribo do DEM, puxou o debate para uma banda muito mais à direita que os fiéis tucanos da causa social-democrata poderiam defender. O candidato a Vice-Presidente, Índio da Costa, deveria ter sido beneficiado pelo silêncio. Absoluto. Até agora, comporta-se como um playboy carioca que esqueceu de conhecer o próprio país (não a Zona Sul do Rio de Janeiro) e seu povo antes de entrar para a política nacional. Ao mesmo tempo, José Serra defende o que sempre defendeu – provocando mensagens contraditórias para o eleitor atento – sem apresentar inovações consideráveis. Além disso, a organização amorfa do PSDB em nível nacional e regional só contribui para que os caciques não tenham apoio dos próprios índios. Assim fica difícil ganhar a batalha.
Mariana Silva traz sua história e dignanidade, mas faz um vôo solo sem o compromisso com a vitória, mas com o debate construtivo. O PV não tem coligações. Marina fala de maneira aberta e, até agora, tem sido relativamente imparcial. Com seus aproximandamente 10% de intenção de voto, para que lado irá se cambalear? Ao mesmo tempo, alguns eleitores poderiam indagar de quem ela poderia tirar ainda mais votos.
Vamos acompanhar.
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