Iniciado com Henry Paulson, ex-Secretário do Tesouro norte-americano, o TARP, sigla para o programa de estímulo fiscal, foi apoiado pela equipe de transição desde o início, inclusive com negociações direta de Obama junto ao Congresso.
todo o partidão e, ainda, aumentaram seus salários. Como não é raro, mal executaram todos os investimentos que gargarejaram sob o rótulo de PAC. Agora, o BNDES tornou-se uma espécie de órgão que pode-tudo, inclusive com dinheiro transferido pelo Tesouro. A Petrobrás, beneficiadora desta lógica e sede de palanque eleitoral, passou a ser uma empresa de capital aberto que desconhece, aparentemente, o conceito de retorno sobre investimento ou transparência em relação a tais investimentos.
Na academia americana, parece que a poeira erguida em Washington abaixou e os economistas iniciaram a exercitar uma habilidade pela qual são famosos, a da crítica. E ela vem de todos os lados: dos ortodoxos e dos heterodoxos.
seu colega Fama, publicou um artigo chamando atenção para algumas falácias do aparente modelo de estímulo fiscal, a partir de uma identidade que iguala gastos do governo financiado por meio de dívida pública e investimento privado.
Paul Krugman, ontem, alegou que a economia vive uma “era negra”, em crítica aos economistas de Chicago por desconsiderarem o que há além da clássica identidade S=I (poupança = investimento). Porém, demonstra-se preocupado com os possíveis atrasos na implementação do pacote de estímulo, o que pode ser contra-produtivo. Jeffrey Sachs, notoriamente heterodoxo, criticou hoje no Financial Times a falta de previsão orçamentária de médio prazo em se implementando o TARP. Dado que o déficit americano passará de US$ 1 bi, Prof. Sachs preocupa-se
com que os malefícios no médio prazo não compensem o possível benefício no curto-prazo.
As críticas diferem-se em grau e forma, mas o debate rompeu o relativo silêncio, ou melhor, os gritos da campanha e da vitória. Agora, é hora de trabalho nos EUA. No Brasil, é época de campanha. Os riscos são maiores para nós. Não há outra solução que não ficar atento.
Fião,
em primeiro lugar, parabéns pelo blog, sucesso! Excelente textos, keep up the good work!
Muita expectativa em cima de um simples mortal! A decepção será inevitável! Mas não deixo de compartilhar o sentimento de esperança! Let the healing begin!
abraços,
Henrique
Valeu fiote!
Esperança sempre tenho! Otimismo e ceticismo também! Hehehe
Grande abraço,
H.