Nem que seja difícil,
é preciso reconhecer que Lula tem umas tiradas sensacionais.
Trabalhei perto
de um político, certa vez, que sempre gostava que seus assessores soletrassem
palavras de efeito, bem ao gosto popular. Sabia várias, algumas muito boas.
Porém, nesse quesito não dá para negar que o atual Presidente é difícil de
bater.
Logo após anunciar
uma revisão na baixaria fiscal-eleitoreira que preparou para os prefeitos, o “pacote
das bondades”, Lula reagiu, ontem, às críticas por não incluir de fato todas as
bondades: “remédio a gente toma um de cada vez”.
Hoje, na rádio
Globo, negou que será candidato a Presidente em 2014, aproveitando para lançar
mais uma vez a candidatura de sua dama-de-ferro, Dilma, e arrematou: “rei
morto, rei posto”. Ele precisa ensinar isso para Uribe, nosso vizinho
Colombiano, que, embora tenha feito um bom trabalho em casa, está usando sua
aprovação em nome da vaidade pessoal. Isso não dará em boa coisa, sobretudo
para a democracia.
Por falar em
vaidade, Lula mostrou-se lidar com ela – pelo menos via imprensa – melhor do
que a média dos políticos que conhecemos. Ao ser interrogado sobre o elogio
grandioso que Obama lhe fez durante o G-20, Lula não titubeou: “sei muito bem o
meu lugar”.
O problema, na maior parte
das vezes, é quando vai falar sério ou sobre coisas sérias.
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