Que Época?!

Em sua última edição, a Revista Época lançou uma matéria intitulada “A Disneylândia de Aécio Neves“, referindo-se às obras do novo Cidade Administrativa do governo mineiro. O título dita o tom da reportagem, como também o pobreza de seus argumentos.

A Cidade Administrativa é um projeto da primeira gestão do governador mineiro, quando ainda queria viabilizá-lo por meio de uma parceria público-privada (PPP). Portanto, consta no planejamento estadual há algum tempo. A sociedade mineira já discutiu e aprovou o projeto. Não caiu de pára-quedas. Além disso, para viabilizar um investimento desse montante, foi preciso primeiro arrumar as contas do estado e promover a melhoria gerencial (Choque de Gestão).

Agora, que o projeto está em execução, com orçamento disponível e dentro do cronograma, temos que escutar argumentos simplistas como esse. O exemplo da execução avançada do projeto é um bom sinal, ao contrário do que acontece com o PAC – com seus vexaminosos 3% de execução. A má execução de projetos públicos tem dois nomes: custo de oportunidade (para a sociedade) e incapacidade executiva (do governo).

Se o jornalista queria fazer uma matéria boa, perdeu a oportunidade. Talvez poderia dizer o quanto este projeto está relacionado ao “Choque de Gestão” – já que é uma obra-síntese dele. Ou então, poderia analisar por que a obra custará R$1,2 bilhão ao invés dos R$500 milhões iniciais (de quando é a previsão?).

Se quer apreciar a arquitetura do projeto mineiro, que aprecie. Se quer investigar e criticá-lo, que o faça também. É um bem público. Mas usar argumentos infantis em uma revista de circulação nacional, parece mesmo pegadinha da Disneylândia…

 

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2 respostas para “Que Época?!”.

  1. porra humbertao…tuh tah parecendo torcedor de futebol..

    se fosse o lulala que tivesse torrado 1.2 bilhoes num monumento a burocracia voce seria menos doce, nao?

    concordo que o Aecio pode fazer isso pq enxugou..mas e ai? eh a forma otima de torrarem 1.2 bi? isso parece agente de volta aos anos 70 achando que contruir predios bonitinhos adiantam alguma coisa…

    serio…quer unifcar a burocra…unifique..agora….dah para fazer isso sem contratar o niemeyer….

    a reportagem eh ironica….e esse tipo de reportagem tambem tem seu papel…parece ateh o Lula reclamando que a imprensa soh foca no lado ruim…

    eu acho que eles foram ateh legais..citaram economia com motoboys..hahahaha

    1. Hehehe!

      1) Eu, por princípio, não creio que prédios públicos sejam monumentais. Acho desnecessário.

      2) Se tivesse que escolher algum tipo de obra, escolheria alguma uma obra que simbolizasse futuro e não passado (Niemeyer). Certamente, alguma coisa que primasse para sustantabilidade ambiental.

      3) O problema é que o artigo é sensacionalista e peca pelo método e fraqueza de argumentos. Não acha que precisamos de uma imprensa que discuta as coisas com mérito não? Eu creio que a imprensa tem um papel fundamental para o desenvolvimento da democracia. Argumentos tolos afetam sua credibilidade e seu papel. Ironia é perfeita para cronistas, não para jornalistas… estou errado?

      4) A eficiência na execução de obras públicas no Brasil é lamentável. O Governo de Minas tem muito a contar neste quesito. Em comparação com os governos nacional e subnacionais, é eficiente. No artigo, isso parece ser negativo.

      Abraçào,

      H.


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