Quem acredita na democracia, manifesta: #voltapracasa

Acordei lendo mensagens de desconforto. A nau está perdida, para muitos. Há um cheiro estranho no ar. A estrutura anárquica da organização que iniciou o movimento (MPL) não contribui. Muitas pessoas passaram a temer uma infiltração dos reacionários de plantão no movimento, cultivando a violência. Enquanto o MPL se diz apartidário, esses são anti-partidários. Que rumo estamos tomando? O que podemos fazer?

Pouco sabemos, mas parece que há uma sensação mista de desgosto dos excessos cometidos por manifestantes e de satisfação pelo movimento de protesto contra nossos políticos. No meio de um grupo heterogêneo, há muitos desavisados. É hora de parar e agir estrategicamente. Afinal, temos problemas – muitos -, mas temos instituições que devem ser respeitadas. Não se conserta um país com um toque de mágica, nem com grito, nem com tapa. Todos sabemos disso, pois aprendemos com a história.

Como disse em meu último texto, é preciso nos dividir. Os pacíficos dos violentos. Diria que os democratas dos autoritários também. Essa história de “gigante”, de ufanismo exagerado e de anti-partidarismo só nos faz lembrar uma coisa: ditadura. Todo caos reivindica, em algum momento, a ordem. Quem quer o caos então? Que seja da direita ou esquerda – não importa. A “ordem” sempre vem em forma de ditadura no Brasil, mas não o “progresso”.

Ovos

Lutemos pelos nossos ideais democráticos. Se não pudermos levar nossas bandeiras – que seja de partidos ou de movimentos sociais -, que fiquemos em casa! Quando se recolherem, voltamos unidos para ajudar a construir nossas instituições e não quebrá-las. Por que engrossar o caldo da festa alheira? Legitimar um ato político que não nos pertence? Vale a pena quebrar o Itamaraty e bloquear estradas?

Isso não significa um opção por ficar quieto. Pelo contrário. Se o movimento nasceu na rede, na internet, podemos usá-la para elevar o debate, discutir propostas, pressionar, nos mobilizar, mas deixar claro que não aceitamos palavras de ordem e zelamos pela liberdade.

“Gigante” são nossos problemas. Somente com participação, diálogo civilizado e democracia, poderemos resolvê-los.  Faça protesto, volte para casa.

#voltapracasa #democraciasempre

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