Suponhamos que Cláudio Couto, na sua coluna de hoje do Valor (Download Couto_Maio2009), esteja correto. Assim como ele, muitos dos bons cientistas políticos brasileiros defendem o sistema de lista fechada – só vota no partido para eleições proporcionais (vereador, deputados) e não no candidato. Há várias argumentos a favor e evidências de que poderia ser bom para o país.
Entretanto, creio que há um ponto pouco discutido neste debate: como garantir com que os incentivos dentro da estrutura partidária favoreça a competição entre correligionários e o aparecimento de novas lideranças por meio de regras claras e respeitadas por todos? Não há evidência em nenhum partido de que isso ocorra atualmente – muito pelo contrário. Iniciar um sistema de lista fechada sem resolver tal dilema pode ser arriscado.
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