O Brasil comemora. Rio 2016! Há alguns que ainda crêem que, já que o Brasil não é desenvolvido o suficiente, não deveria ceder as olimpíadas. Com palavras duras, desprezam esta decisão que poderá trazer impactos bastante positivos para a cidade e para o país. Claro, há um árduo caminho – como toda conquista merecida. Portanto, sugiro reunir os críticos – muitos deles intelectualizados, porém pessimistas – para ajudar a construir uma agenda de mudança, uma agenda de reformas. Já que apresentamos a proposta, ganhamos, agora é hora de trabalhar. Só o charme brasileiro não é suficiente.
O país tem três desafios cruciais a frente:
1) Coordenar os esforços de implementação do projeto apresentado ao Comitê Olímpico Internacional a tempo e dentro do orçamento apresentado de aproximadamente 14 bilhões de dólares. Essa atividade envolverá inúmeros participantes e precisa ser o mais efetiva possível. Esta tarefa não é rotineira, haja vista o mau desempenho do PAC.
2) Preparar a cidade para as Olimpíadas, um velho sonho carioca, exige melhorar o sistema de transportes, segurança e falta de acomodação. Para receber investimentos e turistas, precisamos também de pessoas melhor educadas e saudáveis. Preparar a cidade significa promover um salto qualitativo nos serviços públicos de maneira geral.
3) Os governos estadual e municipal não somente precisarão melhorar suas capacidades gerenciais, como também mostrar que transparência funciona para combater corrupção. O Rio é um estado afamado pela corrupção. Esta não é somente uma chance de mostrar à sociedade que mudanças são possíveis, como também é uma ótima oportunidade política para o governador – que deve ser reeleito – e o prefeito em torná-las realidade.
Fonte: youtube.com. Quem já viu, vale a pena ver novamente!
Naturalmente, não estamos pitando um cenário cor-de-rosa. A história e o presente nos apontam desafios. Estamos acostumados a fazer reformas oportunistas, a exemplo do Rio Eco 1992 e Jogos Pan-Americanos. Pinta-se a parede, mas se deixa a estrutura da casa capenga. Quando a eleição passa, a vizinhança toda está desbotada. Não seria irrealista achar que as Olimpíadas será uma versão ampliada da mesma história. Entretanto, creio que os governos federal, estadual e municipal poderiam ter a consciência que as Olimpíadas significam algo mais do que ser cidade-sede. É um reconhecimento internacional do potencial do Brasil. Não fazer a tarefa de casa significa deixarmos de crescermos como nação no cenário itnernacional. Perder esta oportunidade, seria afetar negativamente este processo.
O que facilitaria promover um grande processo reformista na cidade do Rio de Janeiro até 2016? Uma significava pressão externa –as Olimpíadas – que conta com o apoio incondicional dos governos, sociedade e setor privado. Isso é que dá legitimidade às reformas. Porém, se mal conduzidas, pode abalar ainda mais a credibilidade das instituições envolvidas.
Como brasileiros, creio que podemos agir com um otimismo propositito, que privilegia a disposção em contribuir com a solução de problemas que vão além de uma simples Olimpiadas, mas também que exige o uso eficiente dos recursos públicos utilizados, transparência e prestação de contas. Podemos enxergar o nosso país como uma oportunidade de futuro e não como um passado de desacertos. A reforma comportamental de cada um envolvido neste processo é parte inerente do desafio do desenvolvimento brasileiro como nação. De qualquer fora, os cidadãos esperamos menos discursos oportunistas e mais acertos reformistas. ~
Contem conosco, mas estamos de olhos bem abertos! 😉
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