Rosângela Bittar, Valor Econômico, traz boas passagens de um conversa com Arnaldo Madeira, deputado federal de São Paulo.
“O que falta para fazermos a reforma política são lideranças políticas que assumam que é preciso mudar o sistema eleitoral em vigor, absolutamente esgotado. O povo está distante, poucos se envolvem com a eleição de deputado, a instituição está desmoralizada, em crise de representação. Temos eleição mas não temos representação, o povo não se sente representado”
“Estamos em um momento de renovação das lideranças políticas, estamos numa fase de mudança de gerações, e não apareceram ainda grandes líderes que pensem o país para além da próxima eleição”.
Evocando Joaquim Nabuco, “Entre nós, as reformas parecem prematuras quando já são tardias”. “As soluções patrióticas de nossos estadistas só têm o defeito de serem póstumas”.
“O Brasil é um país presidencialista, a liderança política é muito dependente do Executivo, o governo não tem agenda para as grandes questões nacionais no Congresso, se preocupa apenas em manter uma base ampla e, para isso, precisa recorrer aos instrumentos da fisiologia, com vistas à próxima eleição. O que prevalece é a preocupação fisiológica com a próxima eleição”.
Mais lenha na fogueira do debate sobre a reforma política.
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