Demorou, mas este blog acertou*: Marina é José Serra no dia 31 de outubro! Ela, com seu bom senso, declara que não se pode entregar o país a “quem não conhece“.
Mudando de assunto, mas nem tanto: a inesperada morte de Néstor Kirchner traz uma nova variável para relações políticas na América Latina, a possibilidade da oposição vencer as próximas eleições em 2011. A Argentina é o maior desperdício (recente) de nosso continente – um dos poucos casos em que a política tem detonado a economia dramaticamente. A desigualdade aumentou, o nível educacional da população piorou, mas os altos gastos públicos, corrupção e o controle social exercido à mãos-de-ferro pelos Kirchner ainda davam uma boa chance de vitória a Nestor nas próximas eleições. Aparentemente, enquanto há dinheiro fácil na mão da população, não se preocupa com o longo-prazo.
E agora? Esperamos que a oposição vire o jogo. Será melhor para todos, sobretudo para parceiros comerciais de peso como o Brasil.
E que Dilma tem com isso? O Brasil é diferente e nossas instituições (até agora) têm funcionado melhor. Porém, Dilma, a mulher-pública criada por Lula, tem semelhanças com Cristina, a mulher-pública criada por Nestor. Em que? Aumento de gastos do governo, com a tentativa de molhar a mão de todas as esferas da sociedade (e da economia) em troca de suporte político ou da quietude; controle social, sobretudo da imprensa; e enriquecimento ilícito daqueles que os cercam, haja vista o caso de Erenice Guerra.
Antes de votar, olhe para o lado. Ou pode seguir o conselho de Marina, não vote em quem não conhece… assim como os argentinos fizeram ao eleger Cristina, a louca.
* Correção após postagem do artigo | Quase acertou. Aparentemente, a declaração de Marina não foi verdadeira, segundo seu blog. Se é verdade, é lastimável mais uma demonstração do vale-tudo de uma eleição-sem-propostas.
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